Jogo que fecha a jornada do court 14 e que irá opor a norte-americana Alison Riske à polaca Urszula Radwanska.
Riske, 22 anos, ocupa o modesto lugar 126 do ranking WTA. Em 2010, teve a sua melhor colocação que, diga-se, não dista muito da actual. Nesse ano foi a 118 da hierarquia mundial. Ainda não conquistou qualquer título WTA.
Tem clara apetência para os pisos rápidos. Esta norte-americana tem um bom serviço e a sua movimentação no court também é assinalável. Competiu bastante em relva nas semanas anteriores com vista a preparar este torneio de Wimbledon da melhor forma. Esteve no ITF de Nottingham onde chegou aos quartos-de-final (perdeu para a britânica Konta por 2-6 7-5 5-7).
Seguiu para Birmingham onde protagonizou uma excelente caminhada sendo apenas derrotada na meia-final pela eslovaca Daniela Hantuchova sem antes lhe “roubar” um set (7-5 1-6 4-6). Pelo caminho, entre outras, deixou a alemã Sabine Lisicki (jogadora sempre complicada de se defrontar, principalmente, em relva) pelos parciais de 7-6 2-6 6-4.
Participa em Wimbledon pela quarta vez e o ano passado foi eliminada na segunda ronda do qualifying pela japonesa Sema por 6-7 5-7. Este ano, na primeira ronda, beneficiou da desistência da suíça Oprandi no terceiro set para carimbar a passagem à segunda ronda. O resultado estava favorável à norte-americana (6-7 7-5 3-1).
Radwanska, 22 anos, está no 44º posto do ranking WTA. O ano passado foi 31ª. Enquanto que nos singulares não tem qualquer título ganho, na variante pares já é detentora de um. À semelhança da sua adversária é nas superfícies rápidas que prefere jogar. Urszula Radwanska não tem, de todo, a qualidade da sua irmã Agnieszka.
No entanto, não deixa de ser uma tenista com alguma qualidade. É uma jogadora agressiva que se movimenta bastante bem e que responde bem ao serviço. Ainda que tenha uma considerável margem de progressão, acredito que terá de melhorar (e muito) o aspecto psicológico. Este é, sem dúvida, um dos seus principais “handicaps”. Em relva não se dá nada mal. Recorde-se que, o ano passado, no torneio de Hertogenbosch chegou, inclusivamente, à final onde perdeu para a russa Nadia Petrova (4-6 3-6).
Este ano, nesta superfície, tem feito uma temporada muito discreta. Foi eliminada na segunda ronda do torneio de Birmingham (ficou isenta na primeira ronda) pela jovem talentosa Donna Vekic (3-6 2-6) e fez quartos-de-final em Hertogenbosch (perdeu para a belga Flipkens por duplo 6-4.
Contudo, é preciso relembrar que na ronda anterior beneficiou da desistência da eslovaca Rybarikova quando esta perdia por 4-3). Marca presença pela quarta vez no torneio de Wimbledon. Em 2012, neste mesmo torneio, perdeu para Erakovic (duplo 6-4) na ronda inaugural. Este ano derrotou a norte-americana Burdette na primeira ronda por 7-6 4-6 6-2.
O confronto directo é favorável a Riske e está 2-1 até ao momento. O último encontro foi jogado o ano passado no Open da Austrália. Vitória da polaca por 6-4 1-6 6-2.
Tanto Riske como Radwanska nada têm a perder neste encontro. Enquanto que a norte-americana o ano passado nem passou a fase de qualificação, a polaca foi logo eliminada na primeira ronda. Neste sentido, tudo o que consigam fazer nesta edição “será bem vindo”. A meu ver, ambas as jogadoras entrarão no court “apenas” com a pressão de estar a jogar no mítico torneio de Wimbledon e, como tal, essa será a principal motivação para as duas tenistas. Prevejo um jogo equilibrado e difícil de prognosticar a vencedora do encontro.
Olhando para as odds, verificamos que conferem o favoritismo à jogadora mais cotada. Todavia, acredito que Riske tenha uma palavra a dizer neste encontro e caso Radwanska nos premeie e, peço desculpa pela expressão, com a sua estupidez, então a norte-americana terá ainda mais possibilidades de seguir em frente. Riske não é uma jogadora fácil de se defrontar em relva.
Como referi em cima já eliminou, este ano, noutro torneio, jogadoras extremamente complicadas como são os casos de Hantuchova e Lisicki. Tem todas as condições para eliminar também Radwanska. Tive oportunidade de ver alguns jogos de Riske nos torneios anteriores e fiquei convencido acerca das suas capacidades. Vou confiar na norte-americana e, não arriscando, na vitória considero que o handicap a favor dela tem também muito valor.