A aula 10 do curso de apostas do Aposta Ganha dedica-se às Apostas ao Vivo
Umas em maior escala, outras em menor, mas todas as casas de apostas têm as tais apostas ao vivo ou apostas ao vivo ou em “live”, termo recorrentemente usado para definir este tipo de apostas.
Neste capítulo dividimos de formas diferentes o conteúdo de vídeo do conteúdo de texto.
Enquanto que o texto se foca mais numa reflexão sobre o título do capítulo, o vídeo pretende focar-se apenas e só na explicação das apostas em directo, como podem ver em seguida:
Já o frisámos no vídeo, mas nunca é demais sublinhar. Apostar ao vivo poderá ser tanto mais fiável e proveitoso, quanto melhor informação tivermos sobre o jogo.
Logo, é inegável que, se estivermos a ver um jogo, podemos, em determinados momentos, ver valor acrescentado em algumas apostas, sem estarmos a apostar apenas baseados no resultado ou no “diz que disse”.
Afinal de contas, as apostas ao vivo são uma possibilidade de apostar em maior segurança ou são uma tentação perigosa? A verdade é que ambas as hipóteses podem ser verdadeiras, dependendo da postura adoptada pelo apostador.
Muitos dos conselhos dados nos dois primeiros capítulos deste curso de apostas podem e devem ser transportados para este, uma vez que o estudo, a tranquilidade e a ponderação continuam a ser bons amigos de qualquer apostador que goste e queira apostar ao vivo.
Segurança Porquê?
Apostar ao vivo em eventos que estamos a acompanhar pode ser um trunfo. Além do estudo pré-evento, ao estarmos a seguir esse mesmo evento parte-se do princípio que estaremos mais documentados sobre o que está a acontecer em tempo real.
Por vezes, no pré-live, prevemos que o jogo decorra de determinada maneira, mas depois, ao ver os primeiros minutos em directo, acabamos por perceber que está a tomar um rumo diferente. Daí que, não raras vezes, ver os primeiros minutos de um jogo em que tínhamos dúvidas nos possa ajudar a dissipar essas mesmas dúvidas e a tomar uma decisão, como também pode fazer-nos decidir ficar de fora.
Importante é isso mesmo, ponderar antes de decidir. A ponderação, a calma, o saber pesar os dois pratos da balança, são factores obrigatórios. Uma decisão pensada ajuda sempre a apostar melhor e de forma mais sensata… Sendo que, em alguns casos, a melhor aposta poderá ser mesmo não apostar.
Quando estamos a olhar para um jogo não somos obrigados a entrar nele só “porque sim”. Se não conseguirmos encontrar real valor em nenhuma aposta, então mais vale ficarmos quietos.
Mas as apostas ao vivo podem ser enormes janelas de oportunidade. É preciso é estar atento e aproveitar. Quantas e quantas vezes, na época transacta, o Real Madrid e o Barcelona começaram a perder alguns jogos na Liga espanhola e acabaram por dar a volta?
Sem pensar muito a fundo, todos conseguimos lembrar-nos de vários exemplos que deram grandes oportunidades de apostas em directo para quem os estivesse a seguir. Desde um Real Madrid vs Málaga (este para a taça do rei), que o Real só virou na segunda parte, até um Levante vs Barcelona para o campeonato, ou ao Maiorca vs Real Madrid, ou ao Real Madrid vs At. Bilbao, entre outros.
Falamos do campeonato espanhol, como poderíamos falar de muitas outras ocasiões, em que as super equipas das respectivas ligas enfrentam equipas de menor valor teórico e entram a perder a frio, acabando depois por dar a volta. Claro que, estando a ver o jogo e percebendo se essa desvantagem é fruto de uma entrada sonolenta no jogo, se torna mais fácil apostar com maiores níveis de confiança.
Tentação Porquê?
Nem sempre é fácil resistir à tentação das apostas ao vivo e torna-se ainda mais difícil para uma grande quota parte dos apostadores mais novatos, mais inexperientes e que ainda andam a descobrir o imenso mundo das apostas.
Quantos e quantos apostadores, ao entrarem na conta (a qualquer hora do dia, mas com maior “perigo” nas horas mais mortas no que a eventos mediáticos diz respeito), acabam por ceder ao bichinho de apostar em qualquer evento só para passar o tempo ou para não estarem parados.
Isto pode levar a que, por vezes, se aposte em modalidades ou campeonatos nos quais não se tem conhecimento suficiente, acabando, várias vezes, por se dar verdadeiros tiros no escuro.
É certo que, por vezes, os tiros no escuro poderão dar certo… mas a longo prazo dificilmente serão os tais tiros no escuro a dar-nos o lucro que pretendemos tirar desta actividade.
Ainda mais quando se trata da tal “sorte de principiante”, que pode levar o novo apostador a criar uma ilusão de enriquecimento fácil, que poderá ser prejudicial a curto, médio ou longo prazo.
Se o futebol não pode ser encarado como uma ciência, porque não o é, as apostas em directo, então, estão ainda mais longe de ser uma ciência, porque nem sempre a lógica impera (às vezes somos levados a crer que raramente impera) e os momentos de jogo variam tanto e tantas vezes que o que agora nos parece óbvio, passado uns minutos pode deixar-nos sérias dúvidas ou dar-nos uma impressão totalmente contrária.
E é essa a grande diferença das apostas em directo para as apostas pré-live, o facto de podermos jogar com os factos do jogo e com as alternâncias que o decorrer da partida nos for oferecendo.
Há quem aposte quantias consideráveis em odds baixas ou em eventos que pareçam estar quase resolvidos, por achar que é mais seguro… Há quem prefira apostar em odds altas e difíceis, para tentar ter lucros igualmente altos com alguns “long shots”.
Duas formas totalmente diferentes, mas há casos de lucro com ambos e casos de prejuízo com ambos. Tudo dependerá de uma boa leitura do jogo e dos seus momentos e também, porque não dizê-lo, de uma pontinha de sorte, que também faz parte.
Como exemplo prático para este título, há um jogo que me parece encaixar como uma luva e que nunca hei-de esquecer, precisamente pelo facto de estar a acompanhá-lo em directo, quer vendo na televisão, quer acompanhando as variações de odds na Betfair, casa que utilizava na altura.
Jogo da Taça das Nações Africanas (CAN), a 10 de Janeiro de 2010, em Luanda. Angola e Mali davam o pontapé de saída na competição. Os angolanos jogavam em casa e a coisa não podia correr melhor. A 11 minutos do apito final da partida venciam por uns convincentes 4-0.
Lembro-me bem de estar a ver a flutuação das odds na Betfair e de estar a ver os valores investidos. Foram milhares, muitos milhares de euros, que foram correspondidos já nos últimos 15/20 minutos de jogo.
Quantas pessoas não terão apostado em Angola a 1,01 quando estava a ganhar por 4, provavelmente grandes valores, para dar algum retorno a achar que era uma aposta seguríssima (convenhamos que é muitíssimo incomum alguém perder uma vantagem de 4 golos em cerca de dez minutos)?
Para muitos apostadores, era um mero acto de pôr o dinheiro a render por alguns minutos, mas as contas saíram furadas. Em apenas 10 minutos, o Mali marcou por quatro vezes, operou um quase milagre e acabou por empatar a partida.
Muitos terão perdido grandes quantias (os que investiram em Angola), outros terão ganho grandes quantias (os que investiram contra Angola e acabaram por corresponder as apostas, ganhando imenso dinheiro sem terem colocado muito dinheiro em risco).
Por casos como este (e encontraríamos tantos outros exemplos), as apostas em directo podem dar grandes alegrias ou grandes dores de cabeça. Há mesmo quem só aposte em live, como há quem fuja a sete pés deste tipo de apostas. Estas posturas tão distintas mostram bem a ambiguidade do tema.
Pondo novamente a questão no exemplo dado, imaginemos quem, a 15 minutos do fim, tiver entrado na “loucura” de apostar num over 7,5 golos, cujas odds estariam altíssimas, os lucros enormíssimos que teve.
Na aula 11 será a vez de falarmos do handicap asiático e do handicap europeu. Até lá… e boas apostas!