O fim-de-semana foi pródigo em “clássicos” por toda a Europa do futebol, em dias que antecedem a terceira paralisação das grandes competições, para nova vaga de jogos internacionais de seleções. Destaque para a primeira goleada sofrida pelo Real Madrid na “era Zidane”, o empate entre Manchester City e Liverpool e para novo “tropeço” da Juventus de Cristiano Ronaldo.
FANTASMA DE CRISE REAPARECE AO REAL MADRID, APÓS HUMILHAÇÃO SOFRIDA NO MESTALLA (4-1)
O Valencia está longe de viver dias felizes, devido a toda a instabilidade política e financeira que tem cercado a equipa fora dos relvados, mas isso não foi motivo suficiente para que o Real Madrid conseguisse pontuar facilmente no Estadio de Mestalla. Bem pelo contrário.
Apesar de ter entrado bem e marcado primeiro, por Karim Benzema, dos 35 minutos em diante o jogo foi um autêntico pesadelo para a equipa de Zinédine Zidane, que voltou a ficar muito aquém das expectativas em termos exibicionais, o que tem valido fortes críticas por parte dos “media” espanhóis nas últimas horas.
O destaque vai para mesmo para uma marca histórica: é que, de acordo com a imprensa espanhola, esta foi a primeira vez que o Real Madrid viu três grandes penalidades serem marcadas a favor do adversário.
Uma oportunidade de ouro para Carlos Soler apontar um memorável “hat-trick”, juntando-se aos três golos um auto-golo de Raphäel Varane, a completar a remontada do Valencia ainda dentro da primeira metade da partida.
A primeira vitória do Valencia (que cotava a 6.50 na Betano) ao fim de cinco jogos pôs fim a uma série de quatro partidas onde o Real Madrid ganhou três jogos e empatou outro, após os inusitados desaires contra Cádiz e Shakhtar Donetsk.
Para efeitos de classificação, registo para a ultrapassagem feita por Villarreal e Atlético Madrid aos “merengues”, que desceram agora para o 4.º lugar, a quatro pontos da liderança da surpreendente Real Sociedad.
“CLÁSSICO” ENTRE ‘CITIZENS’ E ‘REDS’ COM FUTEBOL PARA TODOS OS GOSTOS
Num dos jogos que mais emoção prometia neste fim-de-semana, o último antes da terceira paragem para nova ronda de compromissos de futebol internacional (mais uma famosa “data FIFA”), Manchester City e Liverpool empataram a uma bola, no Etihad Stadium.
O resultado ficou definido ainda no primeiro tempo, com o inevitável Mohamed Salah a abrir a contagem de grande penalidade, após falta ganha por Sadio Mané dentro da grande área dos “citizens”.
O brasileiro Gabriel Jesus (que tem substituído o ausente Sergio Agüero, de fora a recuperar de lesão) voltou a faturar após o golo marcado na Liga dos Campeões ao Olympiakos, para restabelecer o empate.
Até ao intervalo, houve ainda tempo para o belga Kevin De Bruyne desperdiçar outro “penalty”, após mão na bola de Joe Gomez.
45 minutos com um futebol de alta voltagem de parte a parte, muitas transições e várias oportunidades de golo e um “placard” curto para tanta emoção.
Na segunda parte, as duas equipas voltaram no mesmo registo, mas com o passar do tempo foram-se resguardando mais taticamente e o empate fixado aos 31 minutos de jogo acabou mesmo por vigorar para a história.
O Manchester City viu, assim, a distância aumentar para a liderança, que agora pertence ao Leicester City, que subiu ao 1.º lugar após o segundo empate do Liverpool na Premier League.
CR7 VOLTA A MARCAR, MAS JUVENTUS SEGUE EM RITMO DE CRUZEIRO NA SERIE A
Em Itália, a ronda 7 da Serie A teve como “sobremesa” o Atalanta vs Inter de Milão (empate a uma bola), mas o prato principal foi servido ainda durante a manhã de domingo.
No mítico Olimpico de Roma, Lazio e Juventus disputavam uma aproximação à liderança ocupada pelo AC Milan, mas nenhuma conseguiu somar os desejados três pontos.
A inaugurar o marcador esteve o suspeito do costume: Cristiano Ronaldo, que apareceu a finalizar de forma tão estranha quanto subtil uma solicitação de Juan Cuadrado.
Depois de desperdiçar várias oportunidades para “matar” o jogo e aumentar a vantagem, muito por culpa de uma atuação bastante fiável do experiente Pepe Reina, a Juventus sofreu o golo do empate praticamente no último segundo dos descontos.
O avançado Filipe Caicedo finalizou com sucesso uma excelente jogada do argentino Joaquín Correa, que fez o que quis da defesa ‘bianconera’ antes de entregar ao equatoriano ex-Sporting.
Apesar da perda mútua de pontos, Lazio e Juventus “só” perderam terreno para Nápoles e Roma, as duas únicas equipas da primeira metade da classificação do campeonato italiano que venceram neste fim-de-semana.
‘DER KLASSIKER’ DEU BAYERN COM REVIRAVOLTA NO SIGNAL-IDUNA-PARK
Terminou com cinco golos e prezados níveis de intensidade e espetáculo um dos maiores “clássicos” da história do futebol alemão e o que, atualmente, mais atenções atrai.
Em jogo estava a liderança isolada da Bundesliga, para quem vencesse, e foi o campeão Bayern Munique a sair com os três pontos no bolso na visita à casa do Borussia Dortmund.
A equipa de Lucien Favre marcou primeiro, por Marco Reus, à beira do intervalo, mas houve tempo, ainda antes do apito para o descanso, de David Alaba voltar a empatar a contenda.
Na segunda parte, foram precisos apenas três minutos para o temível Robert Lewandowski chegar ao 11.º golo (em seis jogos) na Bundesliga e completar a remontada no marcador.
Já a caminho da reta final, Leroy Sané marcou o terceiro golo com a camisola dos bávaros, mas o jovem Erling Haaland (3.º na lista de melhores marcadores, atrás de Lewandowski e Alario) decidiu voltar a gerar incerteza até ao apito final.
Com vitória por 3-2 contra o rival Borussia Dortmund, o Bayern Munique subiu à liderança isolada do campeonato alemão, onde segue agora com dois pontos à maior sobre o RB Leipzig.