Por essa nem mesmo a mãe do técnico Dunga esperava! Depois do fracasso homérico e da vergonha que foi a gestão de Luis Felipe Scolari na seleção brasileira durante a Copa de 2014 esperava-se uma reformulação total do futebol brasileiro começando pela fracassada comissão técnica que comando o Brasil. Usando muito o projeto de reformulação alemão como exemplo os críticos pediam mudanças de alto a baixo na estrutura do esporte nacional com mudanças nas categorias de base e na relação dos jogadores com os clubes, além é claro, de uma capacitação geral dos nossos técnicos que se mostram taticamente muito atrasados. Mas os primeiros sinais dos caciques da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já jogaram água fria nas ambições de quem imaginava coisas novas para o futebol nacional.Velhos nomes e o mesmo desânimo!
O primeiro sinal negativo foi a escolha do novo coordenador da seleção brasileira. O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, com passagens pela seleção e terceiro goleiro na campanha do tetra, foi escolhido. O único problema é que ele não tem quase nenhuma experiência na gerência esportiva e tem 14 anos de atuação como empresário de jogador. Claro que ninguém pode acusar por antecedência o novo coordenador. Mas há um claro conflito de interesses entre atividade anterior dele e o cargo de coordenador da seleção nacional. Entregar a coordenação do Brasil na mão de alguém que agenciava jogadores parece sábio?
Mas a maior surpresa ficou para a escolha do novo técnico do Brasil. Dezenas de nomes foram cogitados: Tite, Abel, Muricy, Cuca, Marcelo Oliveira. Até mesmo nomes estrangeiros foram cotados como Pellegrini, Mourinho, Guardiola e Sampaoli. Mas o novo técnico do Brasil será Dunga, sim, Dunga! Para quem não lembra, se isso é possível, ele foi o comandante do ciclo para a Copa do Mundo da África em 2010 e acabou eliminado nas quartas de finais pela Holanda. O fato é que com esses nomes escolhidos pela cúpula da CBF podemos esperar de tudo, menos mudanças e uma revolução no futebol nacional como todos desejavam. A continuidade é o tom destes novos contratados.