Tal como outros desportos, a Fórmula Um adiou todos os seus primeiros Grandes Prémios da temporada até este momento, com o último a ser o Grande Prémio do Canadá. Agora, o diretor desportivo da F1 Ross Brawn admite a possibilidade de o Grande Prémio de França iniciar a época, mesmo que à porta fechada.
28 DE JUNHO PODE MARCAR INÍCIO DA TEMPORADA
Ross Brawn deu recentemente uma entrevista na imprensa internacional onde aponta o final do mês de Junho como possível início da temporada de F1. O Grande Prémio de França está agendado para 28 de Junho e atendendo ao previsível levantamento das restrições de circulação nas próximas semanas, pode tornar-se possível iniciar a competição nesse fim-de-semana, mesmo que o evento decorra ainda à porta fechada.
Depois de já terem sido anulados nove corridas neste início de época por conta do novo coronavírus, esta é uma janela de esperança para o circo do desporto motorizado que, tal como outros, tem sido seriamente afetado por esta paragem em termos financeiros.
Precisamente por isso, Ross Brawn admite agora vários cenários que não consideraria há um mês, nomeadamente a possibilidade de se realizarem corridas em três fins-de-semana consecutivos e só se descansar um fim-de-semana por mês por forma a poderem ser completadas 19 corridas até final do ano.
Esse é o cenário mais provável de momento, mas outros poderão ser equacionados se as restrições continuarem e não houver segurança para os pilotos e intervenientes desenvolverem o seu trabalho normalmente.
OITO CORRIDAS É O MÍNIMO ACEITÁVEL
Tal como já referi, Ross Brawn e as principais equipas da F1 já definiram um limite mínimo para que a temporada possa acontecer com a realização de oito corridas sendo a última opção, isto é, para que se possa considerar que teremos um campeonato é fundamental que ocorram no mínimo oito corridas, com data limite de início em Outubro.
Ainda assim, o cenário atual em cima da mesa contempla 19 Grandes Prémios distribuídos por cerca de seis meses com três corridas por mês e apenas um fim-de-semana de descanso.
Equipe da Formula 1 da Mercedes fabricou 10 mil respiradores e doou para Serviço Público de Saúde do Reino Unido. https://t.co/I9w9Cl9Ja5
— Beto Almeida (@betotvsul) April 10, 2020
A realização de dezanove corridas com três por mês seria o cenário mais interessante nesta fase, mesmo que isso implicasse dificuldades de logística que teriam de ser resolvidas, mas pelo menos a F1 regressaria aos nossos ecrãs de forma muito autoritária com muitas corridas em sequência a animarem os fãs do desporto motorizado.
Todas estas ideias continuam obviamente dependentes da evolução da pandemia mundial do Covid-19 com a Europa a continuar em sérias dificuldades nos seus países mais centrais como a Espanha, França, Alemanha, Itália ou Reino Unido.
LEWIS HAMILTON ANSIOSO POR FAZER HISTÓRIA
Apesar do atual campeão do mundo de pilotos se ter manifestado contra o início da temporada e ter sido um dos que mais batalhou para que a FIA finalmente desse por adiado o começo de temporada, a verdade é que poucos estarão mais ansiosos por competir do que o piloto britânico.
Aos 35 anos de idade, Hamilton soma seis títulos de campeão mundial e está somente um atrás do mítico Michael Schumacher. Atualmente, o piloto inglês corre pela Mercedes onde tem sido o grande dominador da prova, tendo conquistado cinco títulos nos últimos seis anos – deixando apenas fugir o título em 2016 para o seu colega de equipa Nico Rosberg.
É preciso que ao menos oito corridas sejam realizadas para a temporada não ser cancelada. https://t.co/7hOMu3PFF2
— CNN Brasil (@CNNBrasil) April 9, 2020
Para isso, é preciso sair para a estrada e aos 35 anos de idade seria certamente uma frustração para ele que a temporada de 2020 não acontecesse. Isso iria retirar-lhe um ano de competição numa fase avançada da sua carreira onde o tempo para fazer mais história pode começar a escassear.
É certo que Hamilton tem dado sinais mais do que suficientes de que continua a conservar todas as suas aptidões físicas e psicológicas para se destacar dos demais, no entanto, todos os anos há pilotos a dar um passo em frente no circuito mundial, sendo de destacar a recente emergência de novos talentos como Charles Leclerc ou Max Verstappen.
Os testes de pré-temporada tinham voltado a dar sinais de que a Mclaren continuava a deter o melhor monolugar para a nova época, portanto Hamilton era já considerado o destacado favorito a conquistar novo título mundial de pilotos e este período de espera estará a gerar alguma impaciência nos dirigentes da equipa mais bem-sucedida da última década na modalidade.
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