Segunda mão da meia-final desta Taça de Itália Lega Pro, em que participam equipas do terceiro e quarto escalões italianos.
No 1º jogo, a equipa do Latina (2º no 3º escalão, Grupo B), venceu surpreendentemente em Lecce (2-0), tendo por isso agora uma vantagem bem confortável para gerir.
Embora, claro, a prioridade seja o campeonato, onde o Latina persegue o 1º lugar (que dá subida directa) e com presença nos play-off muito bem encaminhada (levando já nove pontos – e um jogo a menos – em relação ao 6º lugar, primeiro abaixo dos que permitirão jogar o play-off de subida). Serão, assim, expectáveis poupanças num conjunto que até conta com alguns nomes conhecidos do Calcio, como o treinador Fabio Pecchia ou o avançado lituano Danilevičius.
No Lecce, que ainda na época passada jogava na Serie A, a situação é semelhante. Lideram o Grupo B da Lega Pro, com 47 pontos, mas o seu primeiro lugar está ameaçado pelo Trapani (46 pontos e menos um jogo) e Sudtirol (42 pontos e menos um jogo).
O plantel do Lecce conta com vários jogadores que alinhavam na Serie A, como os uruguaios Bogliacino e Giacomazzi ou os brasileiros Jeda e Piá, tendo recebido ainda em Janeiro alguns reforços (Fatic, Drame ou Bustamante).
Com 0-2 na eliminatória, o Lecce terá aqui uma tarefa complicada e, tal como o Latina, é bem provável que promova algumas poupanças a pensar no próximo jogo de campeonato (no domingo, no terreno do 12º, Portosummaga). Já a pensar nos dois jogos, o técnico Antonio Toma convocou praticamente todo o plantel (26 jogadores), pelo que o onze inicial poderá ser completamente diferente do que foi utilizado no último jogo (5-0 ao Lumezzane, para o campeonato, em casa).
Duas equipas que terão garantida a presença nos play-off de subida nas respectivas ligas, mas que lutam ainda pela promoção directa. Assim, chegar à final da Taça Lega Pro não será a maior das prioridades, mas nenhuma das equipas deixará de lutar por essa presença. No lado do Latina, fala-se em fazer história, uma vez que o clube nunca venceu um troféu e, no Lecce, o plantel é extenso e tem qualidade suficiente para discutir ainda a eliminatória.
Creio que a equipa visitante irá entrar aqui sem grandes amarras defensivas, procurando o golo desde cedo. Nada têm a perder e há força ofensiva para tal. Acredito, de resto, numa eliminatória semelhante à da outra meia final, em que o Viareggio , depois de vencer o Pisa, fora, por claros 3-0, sofreu para seguir em frente, jogando em casa: perdeu por 3-1, mas perdia por 3-0 ao intervalo e só fez 1-3 nos descontos. Em suma, assistindo-se ou não a poupanças, creio termos reunidas as condições para ser um jogo sem as amarras defensivas habitualmente associadas ao Calcio.