Final do torneio de Viena disputado em piso rápido coberto. O holandês Haase mede forças com o segundo pré-designado, o alemão Haas.
Haase, 26 anos, ocupa neste momento o 63º posto do ranking ATP. Detentor de dois títulos ATP (ambos em Kitzbuhel, 2011 e 2012), este holandês é um tenista interessante.
Dotado de um excelente serviço e de uma pancada de direita muito agressiva, Haase é extremamente competente a jogar em terra batida que, de resto, é a sua superfície preferida. Nos pisos rápidos e principalmente em indoor os seus resultados são pouco significativos.
O ano passado foi eliminado na ronda inaugural deste torneio austríaco (Matosevic 1-6 6-3 6-2). Na edição deste ano eliminou Bozoljac, Pospisil e Fognini em três sets e Tsonga em sets directos.
Haas, veternano de 35 anos, é o actual 12º classificado da hierarquia mundial sendo que já foi vice-líder do ranking em Maio de 2002, nos seus tempos áureos.
O alemão é um tenista que “não sabe jogar mal” tendo um estilo de jogo que se adapta a todas as superfícies. Serve bem, é competente na rede, bom jogo no fundo do court e apresenta um variado leque de pancadas. Em suma, é um jogador muito completo pecando apenas, por vezes, perder a cabeça.
Nestas condições de jogo é um tenista muito duro de defrontar e a prova disso é que conta com 5 títulos conquistados em indoor (o último em 2007) sendo que, já este ano, foi finalista em San Jose (torneio disputado em indoor).
Na edição do ano passado foi eliminado, nos quartos-de-final, em três sets, pelo esloveno Zemlja. Este ano deixou pelo caminho o eslovaco Mecir e o checo Stepanek em dois sets e ontem, na meia-final, o checo Rosol após inverter a desvantagem de um set.
Não há registo de embates anteriores entre os dois tenistas.
Tommy Haas sabe o que é ganhar este torneio pois venceu-o no “longínquo” ano de 2001 e no ano anterior (em 2000) foi finalista vencido. Hoje, e ao fim de 12 anos, tem aqui hipótese de levar novamente o título para casa mas terá que estar no seu melhor ou muito próximo disso para anular um holandês que está a protagonizar um excelente torneio aparecendo nesta final como claro outsider.
Na minha opinião, o alemão “tem tudo o que é preciso” para sair vitorioso. O seu excelente serviço a abrir os ângulos irá, certamente, criar dificuldades a Haase que não é grande especialista no capítulo da resposta ao serviço. A juntar a isto, Haas saberá que ir variando o jogo irá permitir que o holandês não se sinta tão confortável e confiante visto que este gosta de estar bem apoiado para bater a sua direita.
Outro ponto que poderá desequilibrar este encontro é o alemão insistir em jogar para a esquerda do holandês que é, manifestamente, mais débil que a sua direita. É frequente ver Haase fugir à esquerda para bater a direita.
Haase não está habituado a estas andanças de marcar presença em finais de torneios a este nível e é certo que numa final a pressão está sempre presente ainda para mais para um jogador que raramente as joga.
Assim, e considerando todos os dados em cima da mesa “vejo com bons olhos” a vitória do veterano alemão neste torneio.
PROGNÓSTICOS E PALPITE Robin Haase vs Tommy Haas – Viena |
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Tommy Haas a |
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