Mundo de odds: Só eu é que perco?

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Não me lembro da primeira vez que fiz uma aposta online, Só eu é que perco?

E como só tenho memória para algumas coisas, confesso que também não sei se coloquei o dinheiro num jogo de futebol, basquetebol ou ténis.

Mais: sou incapaz de recordar se investi x ou y e muito menos se ganhei ou perdi.

Se não consigo dizer quando entrei pela primeira vez num casino ou sala de bingo, preenchi um totobola ou totoloto, comprei uma cautela (isso sucedeu pouquíssimas vezes) ou resolvi apostar uma jantarada com os amigos a propósito de um disparate qualquer, nem por milagre seria capaz de saber quando é que fiz uma aposta online pela primeira vez.

Para mim, a estreia no mundo das apostas via internet foi apenas a adesão formal a algo que me entusiasmava.

Tão simples quanto isto.

Sempre gostei de desporto e da adrenalina própria de estar a olhar para um qualquer evento fazendo força para que o triunfo acabe deste ou daquele lado.

Juntar a essa equação novo factor de motivação/risco (o investimento de determinada quantia) só torna o assunto mais atractivo e apaixonante.

Foi isso que me levou a inscrever numa casa de apostas há mais de uma década.

É precisamente isso que me leva, por estes dias, a ser cliente de duas empresas do ramo.

Ao contrário de uns quantos que por aí andam, jamais pretendi viver das apostas. E só resolvi entrar neste mundo porque, antecipadamente, sabia que isso não me poderia causar transtornos significativos. Basicamente só jogo o que sei poder perder.

Para que não subsistam dúvidas: aposto sempre com o intuito de ganhar, mas só o faço tendo consciência que, se a coisa correr mal, no dia seguinte continuarei a poder pagar o almoço, o jantar ou outra coisa qualquer que considere essencial para o meu bem-estar.

Para algumas pessoas, as apostas são um verdadeiro “bicho de sete cabeças”, uma perdição, um vício de consequências nefastas.

São as mesmas que consideram que alguém é alcoólico só porque, quando festeja o aniversário, se “enfrasca” com os amigos e que apelidam uma mulher com nomes menos próprios só porque lhe conheceram dois namorados no mesmo ano.

Odeio escutar essas observações.

Não que me causem qualquer problema, pois não passo cartão a essa conversa sem sentido, mas essencialmente porque revelam a ignorância que, em pleno século XXI, ainda existe em sociedades e países que se dizem civilizados e de primeiro mundo.

Tudo tretas.

Não posso ser apostador e ao mesmo tempo um cidadão responsável, cumpridor dos seus deveres, familiares e profissionais? Posso e sou!

É verdade que as apostas online (como qualquer outra actividade de jogo), quando realizadas sem um mínimo critério, sem conhecimentos básicos, sem noção do ponto até onde se pode ir, podem ser um problema grave.

Mundo de odds: Só eu é que perco?Contudo, isso é válido para tudo o resto, independentemente de estarmos a falar de jogos de sorte e azar ou de qualquer outra coisa.

Quantas pessoas são viciadas em compras, gastando muito mais do que aquilo que possuem?

Quem não conhece homens e mulheres que despendem “fortunas” em livros, cd’s, jogos de computador, quadros, revistas, colecções disto e daquilo, viagens, roupas, acessórios tecnológicos, etc, etc?

Quantas pessoas passam cheques carecas; conseguem fazer desaparecer num instante as reformas, os subsídios ou as mesadas; estoiram os limites dos cartões de crédito e rebentam com os respectivos salários em algo que, objectivamente, não é essencial?

São milhares em Portugal, milhões no Mundo e, paradoxalmente, ninguém os olha com desdém.

Contudo, nenhum apostador que se assuma como tal em público consegue escapar a, pelo menos uma vez, ouvir um discurso piroso com o objectivo de o ajudar a abandonar esse caminho das trevas.

Mas, entre os apostadores, também há comportamentos/declarações que me provocam uma certa azia, nomeadamente aquela estranha tendência para contar uns aos outros – e vezes sem conta – os sucessos que tiveram.

Foi a bola que entrou no derradeiro segundo, o cartão amarelo nos descontos, a múltipla de tostões que rendeu milhões e mais um sem número de episódios que, sendo verdade, necessitariam, claro está, de ser conjugados com muitos outros.

Aqueles em que a bola bateu no poste no último instante, o árbitro não viu a falta óbvia e a múltipla que só não entrou porque o jogo teoricamente mais simples entre 15 deu para o torto.

Ao ler e ouvir as façanhas de determinadas pessoas, chego a pensar que só eu é que perco apostas.

Serei parvo? Terei um triste dom para escolher a opção errada mais vezes que os outros?

Não consigo entender os milhares de sistemas que teoricamente nos ajudam a ganhar mais vezes?

Não, eu sou igual a todos os outros: ganho e perco, tenho mais jeito para determinados mercados e menos para outros.

E quando erro, mais do que arriscar em demasia, tal deve-se ao simples facto de não ser mágico ou adivinho, de o desporto não ser uma ciência exacta e por não ter o mínimo contacto com aquela malta tão em voga que ainda antes da bola rolar já tratou de definir os resultados.

Pelos vistos faço parte é de um pequeno grupo que também acha piada a falar das apostas perdidas.

OK, confesso, acho piada uma semana depois, quando a azia passou e, com toda a certeza, já fiz outro disparate qualquer.

Contudo, é preciso recordar que isto é um passatempo, não é por aqui que quero ganhar a vida.

Essencial é o trabalho, de onde surgem as verbas que permitem poder correr o risco de gastar uns trocos em apostas sem que isso altere minimamente o meu dia-a-dia.

As apostas só deviam ser encaradas desta maneira.

Quem pensa de outra forma terá de analisar muito bem o caminho que pretende percorrer.

E devia ter presente que os “super-heróis” só existem nos filmes. Podem apostar nisso…

 

Luís Avelãs

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