O ponto fundamental nesta partida de desempate será, a meu ver, o facto de Martin O’Neill levar muito a sério as provas a eliminar.
Sunderland: Disputou já 3 finais da Taça da Liga, vencendo duas, e é um dos poucos técnicos em Inglaterra que raramente promove poupanças nestes encontros.
Este encontro não deverá fugir à regra de O’Neill. A equipa vive bom momento, depois do afirmativo triunfo do passado Sábado (3-0 ao West Ham) e, dada a recente força caseira, onde bateu West Ham, City e Reading sem sofrer qualquer golo (perdeu apenas com o Tottenham, pelo meio), partirão aqui como amplos favoritos.
Sem os defesas Cuellar e Rose, , o Sunderland deverá apresentar então um onze forte, concentrando em resolver a partida em 90 minutos. O’Neill revelou algum receio perante a possibilidade dum prolongamento e penalties, admitindo que os pontapés da marca dos 11 metros não eram o ponto forte da sua equipa.
Com a descida ao Championship, o Bolton perder as suas principais figuras (Klasnic, Reo-Coker, Steinsson, Jääskeläinen) e a época não está a correr nada bem. A equipa ocupa apenas o 16º lugar, já mudou de treinador (Freedman substitui Owen Coyle no final de Outubro) e a equipa tem vacilado de sobremaneira quando actua fora do seu Reebok Stadium.
Conta já 8 derrotas em 14 saídas (4 empates e 2 vitórias), tendo inclusive caído da Taça da Liga no terreno do Crawley Town, da League One, por 2-1. Os médios Davies (20/5) e Mills (17/1) estão definitivamente arredados deste encontro, devido a lesão, e o extremo búlgaro Petrov (14/3) saiu para o Espanhol de Barcelona.
Assim, as opções no meio-campo não serão muitas e Freedman poderá promover o regresso do norte-americano Stuart Holden, que não joga desde Outubro de 2011, por lesão.
Não creio, então, que os Black Cats vacilem aqui. Apesar da defesa não inspirar total confiança, o meio-campo e ataque serão demasiado fortes para um Bolton que é bastante menos perigoso fora de casa e que está muito longe de ter convencido em 2012/13.
Há um escalão de diferença, mas, mais do que isso, há um diferencial qualitativo e aquela que é a pior equipa visitante do Championship (para além de uma das piores defesas) não deverá oferecer dificuldades de maior ao Sunderland. Pelas palavras de O’Neill, percebeu-se que teremos um onze forte nos da casa e enorme vontade em evitar indesejadas horas-extra, pelo que um triunfo dos da casa, eventualmente construído desde cedo, terá aqui valor q.b.