Luís Avelãs – Especialista em NBA! Jornalista do Record e Locutor da Sporttv para os jogos da NBA.
Depois de uma fase regular muito boa, conquistando o melhor recorde (56 vitórias e 26 derrotas) na Conferência Este e o quarto em toda a competição (apenas atrás de San Antonio, Oklahoma e Clippers), os Pacers entraram no playoff com legítimas aspirações a chegar à final da prova.
E nesta altura ainda continuam a sonhar com isso. No entanto, o estado de graça em que treinador e jogadores viviam desapareceu num ápice. A equipa esteve mesmo perto de ser eliminada por Atlanta na primeira ronda do playoff e agora, após os dois embates no seu terreno no arranque da segunda eliminatória, já perdeu a vantagem casa.
O clima de felicidade que toda a época pareceu existir no seio do conjunto dos Pacers deu lugar, nos últimos dias, a uma série de situações que indiciam que a queda no abismo pode acontecer a qualquer altura.
As derrotas, acumuladas com exibições muito abaixo do esperado – individual e colectivamente -, provocaram críticas na imprensa, comentários pouco abonatórios do treinador em relação aos atletas, dos jogadores face ao comando do técnico e, mais impensável ainda, fez com que várias notícias de discussões (e até agressões) entre os basquetebolistas viessem a público.
Quem, semanas antes, palpitasse um cenário do genário teria dificuldades em ser ouvido. A verdade é que a realidade é esta e, por agora, são poucos os que acreditam num final de época muito positivo por parte da formação liderada por Frank Vogel que, pelo meio, até pode perder o lugar face a tantos problemas. E logo ele que parecia ser um dos técnicos com a sua situação contratual mais segura…
Alheia a tudo isto está a equipa da capital norte-americana que, pelo contrário, entrou no “playoff” e transfigurou-se para melhor. Após um normal quinto posto na “regular season”, os Wizards despacharam com toda a propriedade os Bulls (ganharam os três jogos disputados em Chicago) e começaram logo a ganhar a segunda ronda em Indiana.
Com os principais elementos em boa condição física, a equipa está consideravemente mais forte e ambiciona, pelo menos, atingir a final da sua conferência. Nené Hilário tem sido a “cartada” inesperada nesta fase da época, dominando o jogo nas áreas próximas do cesto (com o auxílio do poderoso polaco Marcin Gortat), mas tendo também a capacidade para se afastar e lançar com proriedade de meia distância.
Mas, em casa, há que contar também com a excelência do base John Wall e com os lançamentos de Beal e Arzia. Do lado contrário, claro, Indiana também terá as suas armas, mas com Stepenshon e Hibbert bastante irregulares e com Paul George algo intermitente, nesta altura o favoritismo pertence a Washington.
Média pontual Washington Indiana
100.7 96.7
Média de pontos sofridos 99.4 92.3
Registo em casa 23-20 38-9
Registo fora 26-20 23-21
Actual sequência 1D 1V
O duelo essencial: John Wall-George Hill. O base de Washington é mais completo e versátil, mas surpreendentemente não o tem mostrado na maioria dos duelos com Hill. Em partidas da época regular só venceu duas vezes em nove e no playoff, esta época, cada um festejou uma vez.
Contudo, nesta série, os números de Hill são superiores (16 pontos, 4 ressaltos e 2 assistências contra 9.5, 8.5 e 3, respectivamente). Hoje, contudo, Wall estará diante do seu público e é favorito a desequilibrar o jogo.
A ter em conta: Washington partiu como “underdog” e vulgarizou Chicago. Perante Indiana começou sem merecer qualquer favoritismo, mas já capturou o factor casa e vive um momento de confiança e harmonia em contraste com o que se passa nos Pacers.
Série no playoff: 1-1
5 Maio: Indiana-Washington, 96-102
7 Maio: Indiana-Washington, 86-82Série na época regular: 1-2
29 Novembro: Indiana-Washington, 93-73
10 Janeiro: Indiana-Washington, 93-66
28 Março: Washington-Indiana, 91-78All-Time: Indiana lidera 90-70
Washinton em casa: 49-31
Indiana em casa: 21-59
Washington Wizards vs Indiana Pacers – NBA |
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Washington Wizards |
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